domingo, 13 de fevereiro de 2011

A conquista do espaço

Eu já falei aqui, algumas vezes, do trabalho musical das meninas do Sapa Bonde. Hoje, reportagem de capa do Caderno Diversão e Arte, do Correio Braziliense também abriu espaço para as meninas. Não só para elas, mas para um grupo heterogêneo de novos artistas que vem tomando conta da cena cultural de Brasília e estendendo seu trabalho para além das fronteiras do país.

Mariana está viajando, mas eu não tive dúvidas em ligar para ela e dividir a boa notícia. Pra quem ainda não leu, aí está parte da reportagem feita por Irlam Rocha Lima, com fotos de Zuleika de Souza.

Do samba ao sertanejo, uma geração de bons
artistas começa a se formar

A música em Brasília exibe vigor com chegada da segunda década do século 21. Numa cidade que hoje se caracteriza pela diversidade de sons e ritmos, o que não falta são caras novas mostrando trabalho. Em segmentos como rock, samba, funk, choro, axé, hip-hop e sertanejo, grupos e cantores começam a se destacar e surgem como boas revelações.

Entre eles, alguns estão praticamente no começo da carreira e aos poucos vão sendo descobertos pelo público. Outros, porém, com trajetória maior, já têm até fãs conquistados em apresentações ao vivo ou pela internet, ferramenta utilizada por muita gente que quer ver e ser vista. O Correio foi atrás desses jovens artistas da cidade e destaca o eles que vêm fazendo.

As feras do Sapa Bonde: performances,
muito funk e convite para gravar um CD no exterior
Dos novos no heterogêneo universo sonoro brasiliense quem faz mais barulho é o Sapa Bonde, grupo de funk formado por oito cantoras assumidamente lésbicas. Com apenas um ano de música e sem disco lançado, tornaram-se conhecidas no Brasil e no exterior ao utilizarem de estratégia tecnológica: postaram vídeo amador na internet, que não demorou muito para ter algo em torno de 40 mil visualizações.

“Nós sempre fomos ligadas à música. Cada uma de forma diferente. Eu e a Marie somos DJs (Holy Bitches), Jubinha e Tava G vieram de bandas de rock; enquanto Anfetasmina, Nina, Mari Versátil e Luara Marola de Fogo gostam de MPB”, lembra Carol Bitch, uma espécie de porta-voz da turma. “Antes de formar o grupo, tudo o que fazíamos nesta área era de brincadeira. Foi assim, por exemplo, o vídeo da música Eus sapa, que gravamos durante férias em Fortaleza, em janeiro do ano passado”, acrescenta.

Depois de Eus Sapa, chegou à internet, via YouTube, Sapabonde di rolê. Os dois funks — de criação coletiva —, com letras de temática explicitamente lésbica e forte apelo sexual, ganharam remixes de DJs nacionais e internacionais. A repercussão foi tão grande que as meninas foram convidadas por um selo europeu para gravar um CD. Material para o álbum é que não falta. “Depois do agito inicial, compomos mais oito músicas. A mais recente é Maria passivona”, anuncia Carol. Trecho da letra diz: “…Te ligo hoje à noite/Cê sabe eu tô a fim/Eu caio na tua casa/ Não dá mole, cai ni mim..”

No dia 22 do mês passado o Sapa Bonde levou ao delírio a plateia presente no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Convidadas pelo produtor e DJ João Brasil, elas participaram do show de encerramento do projeto Sai da rede. “Tomar parte na festa-show do João Brasil foi bacana, ainda mais porque dividimos o palco com dois ídolos nossos, Marina Gasolina e Gaby Amarantos”, afirma Carol. Antes, elas haviam feito apresentação na boate Blue Space. “Temos show marcado para o dia 19 próximo no Club Glória, em São Paulo”, adianta.

Leia a reportagem completa aqui.

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