sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vila Madá, Pedro, Minas e nós

O Vila Madá, um restaurante delicioso que fica no Deck Norte, aqui em Brasília, virou ponto de referência para encerrar as nossas noites de quinta. É o nosso “escritório” informal. É onde a gente ganha as horas que perderia no engarrafamento, de volta pra casa. É onde a gente reparte o tempo em boa companhia e saboreando uma comidinha especial.

Aliás, de tanto a gente bater ponto por lá, a Régia e o Henrique, que eram os donos, agora viraram amigos. E que qualidade de amigos! Nos recebem com um carinho tão grande... A ponto de nos permitirem privilégios gastronômicos incomuns. Por insistência da Mara, o filé ao molho de vinho, acompanhado de risoto ao fungi (que ela tanto curte), voltou ao cardápio. Não me surpreenderei se, em pouco tempo, passar a se chamar “Filé da Mara”.

A mim também é dado o direito de inventar “modinhas”. Tanto que eu já tenho cartão verde para pedir uma omelete especial, que o Chef Edson fazia só para o Henrique. Privilégio dividido e aprovado. Quem sabe eu até reivindique o nome de batismo no cardápio: “Omelete do Maranhas”.

Pois, não é que as noites de quinta ficaram mais saborosas ainda com o “Vila Instrumental”, um projeto que leva música ao vivo, da melhor qualidade, com uma surpresa atrás da outra no “menu”de atrações.

Pedro Martins e Eduardo Belo
Ontem conheci um molequinho genial. Pedro Martins, nascido no Gama, filho de um servidor público – o Oscar; e uma professora – a Ozônia. Os dois, apaixonados por música, terminaram transferindo ao filho Pedro não só a capacidade, mas o impulso decisivo para a descoberta de um dom natural. Sentados à primeira mesa diante do palco, não cabiam em si de tanto orgulho pela apresentação do filho. E com razão.

Os pais do Pedro Martins
O menino toca como gente grande. Ontem, ele, na guitarra e Eduardo Belo, no contra-baixo, deram um verdadeiro espetáculo. Visitaram a essência do “Clube da Esquina” e deram nova roupagem a o que nunca vai ser velho. Uma beleza. De encher os olho e transcender a alma.

Ao final da curta apresentação, conversei com o Pedro e com o Eduardo. Pedro ainda tem umas marcas de espinhas no rosto adolescente. Mas sabe bem o que quer da vida – viver de música. Se depender do talento, não demora a conseguir isso.

Falamos rapidamente sobre o Clube da Esquina, Milton, Belo e Lô Borges. E não pude deixar de recomendar-lhes a leitura de “Os sonhos não envelhecem”, de Marcio Borges. Literatura primordial para quem tem tanta paixão pelos meninos de Minas.

O “escritório” está se tornando indispensável. Ontem, a noite de Brasília me levou para Minas. Graças ao Pedro, ao Eduardo. Graças ao bom gosto do Vila Madá. Ah, eu ía esquecendo: Pedro já está com um disco pronto. O lançamento de "Sonhando Alto" deve acontecer em junho, pelo Selo Brasiliano.

2 comentários:

  1. Aqui... Aí é sacanagem. Te leio todo dia admirada sempre com seus textos que tem cor, cheiro e sabor. Coisa rara... Mineira que sou e tendo conhecido Bituca e o clube ainda menina em Belzonte e mais tarde,eu nem sabia, tantos especiais e entrevistas com eles...Amo esta família rara e peço sua benção, deixando minhas saudades e esperando mais... Bjos

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  2. Celene, minha amiga! Que privilégio encontrar essa turma, ainda menina. E depois poder entrevistálos como uma das grandes profissionais que o jornalismo brasileiro já deu. O orgulho é nosso, de tê-la como companhia. Um beijo.

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