quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Paseros y changarines

Acabo de receber o convite para a abertura da nova exposição do meu amigo Pablo Rey, fotógrafo e produtor argentino, que conheci em Cochabamba, na Bolívia, durante o processo de finalização do roteiro do documento-ficcional "Teoponte, voltaremos às montanhas". Sobre Pablo, já falei aqui. E quem quiser conhecer um pouco mais sobre o projeto Teoponte, pode clicar aqui.

Pablo inaugura dia 15 de setembro, no Centro Cultural Borges, em Buenos Aires, uma exposição fotográfica chamada "Paseros y Changarines", que numa tradução livre para o português pode ser compreendido como "Andarilhos e biscateiros".

O texto que explica a exposição é instigante e traz a marca do trabalho que o Pablo faz. Confira aí:

Andarilhos e Biscateiros


Clorinda vive da fronteira. Sua condição de cidade vizinha a Assunção, Capital do Paraguai, a faz única. Lotada de comércios, postos e depósitos a cidade se transforma em um funil para a Passarela da Fraternidade. Quarenta metros de uma ponte de madeira que cruzam um riacho-limite inexistente.

Eles chegam de bairros periféricos de Clorinda, ou vêm de outra localidade, Porto Elsa, também no Paraguai. Chegam sós, com amigos, com um filho, ou com tudo isso junto. Famílias de andarilhos e biscateiros. Uma condição do destino ou um fardo de herança. Trazem estopa, corda e muita disposição para trabalhar.

Reúnem-se em uma longa espera, jogam baralho, contam piadas. Misturam-se os idiomas, as risadas, o rádio e o silêncio. Conhecem-se desde sempre. Porque desde pequenos fazem esse mesmo caminho. Dia a dia ocupados, desocupados eternos.

Aos amigos de Buenos Aires e aos que estiverem passando por lá nestes dias, não deixem de conhecer o trabalho do Pablo. Quem não estiver, pode clicar aqui e ver todas as imagens da exposição.

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