sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Porque é preciso seguir

Há dias em que o barco fica vazio.
No vazio, sei, falta o ar.
O mar, não.
É eterno e vasto.

E como se a vastidão fosse minha
é que sigo.

E como se o mar fosse verdade
prossigo.

E quando te falta um pouco de tudo
nesse exato momento, justo agora,
quero que saibas
que o barco,
meu barco
está aqui.

Pronto para seguir
na vastidão desse mar sem fim

Que talvez, alcance;
ou, quem sabe, nunca
algum porto seguro.

Mas que nem toda incerteza
será capaz de impedi-lo
de seguir navegando.

(Para Mara, que haverá de seguir navegando, sempre)

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