terça-feira, 28 de junho de 2011

Passarada

Pra rimar com a Florada.
Encontrei no "Hoje vou assim" - Blog da Cris Guerra.

Florada

Os ipês são uma das “marcas registradas” da floresta brasileira. Árvore símbolo, dizem alguns. Não vale discutir o mérito. Mas, em pelo menos uma coisa, todos concordam: A florada dos ipês é um esplendor. Dura pouco – três dias em média, por árvore. Mas são três dias de encantamento aos olhos. Algo capaz de mudar a alma das cidades.

Com a florada dos ipês, as cidades ficam mais alegres. É como se a natureza dissesse: Agora é comigo. Não importa o frio, o calor; às vezes, não importa a seca. Uma florada de Ipê tem a propriedade de um bálsamo, nos dias em que “tudo parece igual”. A linha do horizonte se torna mais viva. O céu, mais azul. A passarada se alvoroça.

Roberto Higa, o mestre da fotografia no Cerrado, sabe bem disso. E não tira os olhos das copas das árvores nessa época do ano. Ontem, ele me brindou com presente inesperado. “Ai, cumpadi...”, como ele costuma me chamar. “Tô mandando uns ipês floridos e uns passarinhos. Vê se cabe algum texto.”

Sem dúvida, Higa! É uma honra escrever algumas linhas pra descrever essa beleza que você me mandou.

Pássaros no ipê.

O Céu azul no Centro-Oeste do Brasil é a prova:
Deus está inspirado neste início de inverno.
A beleza das cores e a harmonia entre árvores e pássaros
se complementam.

Uma sinfonia natural. Um istmo de tempo.
Ligando o mar da fantasia ao cotidiano real.
 Beleza curta e, contraditoriamente, infinita.
Três ou quatro dias de flores.

Os pássaros festejam a vida.
Diante dos nossos olhos vidrados de simples mortais.

(texto de Maranhão Viegas para fotos de Roberto Higa)

Me deixar levar

Hermanos Irmãos interpretam "Me Deixar Levar" (Autoria de Jerry Espíndola e Márcio De Camillo)
Gravado no Teatro Prosa - Campo Grande - MS - Brasil.
O Trio é formado por Rodrigo Teixeira, Márcio de Camillo e Jerry Espíndola.
Pra começar bem a terça-feira.
 

domingo, 26 de junho de 2011

Skank também leva Leão de ouro

Por falar em Cannes e Leão de ouro, a banda mineira Skank também foi premiada este ano com o Leão de Ouro no Festival de Publicidade de Cannes. O resultado foi divulgado na segunda-feira (20.06).O grupo levou o prêmio na categoria melhor uso de rede social, graças à plataforma interativa SkankPlay.

O projeto permite que qualquer pessoa grave uma performance tocando a música "De repente". Dessa forma, é possível tocar virtualmente com os quatro integrantes do Skank e criar novos videoclipes oficiais.
O Skankplay reuniu mais de 30 mil diferentes combinações para o clipe da faixa "De repente", do CD e DVD ao vivo "Skank no Mineirão”.

Se você ainda não conhece  a plataforma Skankplay basta clicar aqui para conhecê-la.

O clip oficial, o que está no DVD, está logo ai abaixo. De repente, pra começar bem o domingo.

Leão de ouro para comercial da MTV

O Brasil bateu novo recorde com 68 prêmios no festival de publicidade de Cannes 2011, incluindo o troféu de agência do ano, que ficou com a AlmapBBDO pela terceira vez.

Os publicitários brasileiros levaram seis Leões de Ouro, 24 de Prata e 37 de Bronze, além do troféu de agência do ano, chegando a 68 prêmios. No festival de 2010, o país ganhou 58 prêmios, recorde anterior, e a AlmapBBDO também foi eleita a melhor -o primeiro título da agência foi conquistado em 2000.

Neste ano, o melhor desempenho do Brasil foi na categoria impressa. O país liderou a lista de premiados com 20 Leões -o dobro de 2010. Uma das categorias mais esperadas, a de filmes, deu Leão de Ouro para a peça "Balões", da agência Loducca, com produção da ParanoidBR, para a MTV.

"Balões" é um belo comercial em stop motion para promover a programação 2011 da MTV Brasil. Para produzir o comercial, foram estourados mais de 600 balões (10 balões por segundo) que resultou nessa ótima animação:



 
(com informações da Folha de São Paulo)

sábado, 25 de junho de 2011

Bela - O homem dos gatos

Sem francês, sem inglês.
Basta olhar para compreender.
Basta ver.
Basta perceber.

Em poucos minutos,
a vida do homem dos gatos.


Bela: L'Homme Chat from Paul Trillo on Vimeo.

Tempo, tempo, tempo, tempo...

*Por Mariza Poltronieri

Há muitas formas de vermos o tempo.
Como janelas em que apreciamos paisagens.
Cada qual num horizonte. Ora sol, ora tempestade.
Ora noite, ora manhã.

Há muitas formas de contarmos o tempo e a melhor delas é pela emoção.

A cada hora uma cena. A cada ontem inúmeras lembranças. Duas lágrimas, dez sorrisos, um sonho desfeito, cinco ou seis realizados. Amores tantos, 1000 beijos e abraços, relembrados, esquecidos.
 
Há muitas formas de sentirmos o tempo.
No filho que cresce, no cabelo dos pais que embranquece, no amigo de infância que reaparece.
 
Contar histórias é contar sonhos, num álbum de fotografias. Tem o dia que nascemos, a passagem pela escola, aniversários remontados, um a um, como calendário da vida.
 
Tem namoro e casamento, tem filho e família, tem amigos de um dia e amigos que ficam; festas e dias comuns. Se vemos o tempo, se contamos o tempo, se sentimos o tempo é porque tudo o que vivemos tem importância.
 
Tristeza e alegria,
chegada e partida,
nascimento, vida ou morte, 
coragem ou covardia.
 
Para contar cada história, a minha ou a sua, só tem um jeito: amando a vida.
 

 
*Mariza Poltronieri é culinarista em Maringá, PR. E tem espaço garantido aqui, para escrever sempre que quiser, sobre alquimia gastronômica. Ou, sobre o que ela desejar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Porque hoje é sexta

E porque eu lembrei de um bocado de gente. Mas, sobretudo, lembrei do Hye e da Layla.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mônica, Cris, a moda e os caminhos cruzados

Mônica Horta
Mônica Horta era uma menina inquieta, no final dos anos 80, início dos 90. Nos conhecemos na redação do Jornal do Brasil Central. Eu, editor. Ela, repórter (de moda e cultura). Era um desafio, para um pequeno jornal semanário, manter uma coluna de moda inteligente. Aliás, aquele era um jornal dado a desafios. Minha ida pra lá tinha como objetivo ajudar a implantar a impressão em cores. Foi o primeiro jornal semanário a ter a capa colorida em Mato Grosso do Sul.

Pra conseguir fazer a capa em cores, era preciso definir a pauta e fazer as fotos até a quarta-feira. O jornal era rodado no sábado e ia pras bancas no domingo. Era uma operação de guerra (e exigia nervos de aço). Primeiro, o assunto tinha que resistir, ser atemporal. Depois, era preciso mandar os fotolitos para São Paulo. Por fim, era preciso rezar, torcer muito, para que eles voltassem e a VASP os entregassem na data certa, no horário certo e... no aeroporto certo.

Não raras foram as vezes em que, por descuido da Vasp, a nossa capa foi parar em Rio Branco, no Acre. Fotolito perdido, equipe frustrada e o jornal saia preto e branco mesmo.

Nessa época, a Mônica apareceu e juntou-se ao bando de alucinados: Lizoel Costa, Mara Viegas, Neri Kasperi, Ângelo Souza, Liane dos Santos, Luca Maribondo, Orlando Rocha e alguns outros que me faltam à memória. Foi um período apaixonante. Cultura, esporte, economia, política, em tudo o que a gente metia a mão, havia um trato diferente.

Foi assim que, lá pelas tantas, decidimos que era hora de apostar naquela menina que vestia roupas descoladas e enxergava a moda não como uma banalidade, mas como uma ciência. E convencemos os donos do jornal a custear as viagens dela a São Paulo, para cobrir eventos do mundo Fashion. Uma vez mais o jornal ousava. Éramos verdadeiramente abusados.

O tempo passou, o projeto do jornal também atingiu o seu limite, as pessoas seguiram o seu destino. Nunca mais ouvi falar da Mônica. Mônica à época já tinha uma filhota, Cael.

Mônica e Cael Horta
Há alguns anos, fui fazer campanha política em Minas e conheci a história da Cris Guerra. Uma publicitária moderna, inovadora que só. Uma menina com uma história de vida linda, de resistência, inteligência, superação e alegria.
Cris Guerra
Primeiro a encontrei através da internet. Depois nos aproximamos por conta de amigos comuns, como a Soraya Bones. Até ganhei um livro autografado pela Cris, mesmo estando a milhares de quilômetros dela, no dia do lançamento. Não importa a distância ou o fato de nunca termos nos encontrado pessoalmente. Somos amigos de infância.

Cris deu muitas viradas na vida. A mais recente a transformou em uma das mulheres mais respeitadas no mundo da moda. Ela assina o blog “Hoje vou assim”, que já lhe rendeu muitos prêmios e a transformou em uma personalidade, com “P”maiúsculo na blogosfera. E desde sempre, Cris é mãe de um moleque do bem: Francisco.

Cris e Francisco
Na semana passada os caminhos de Mônica e Cris se cruzaram. E eu, de alguma forma, colaborei para que isso acontecesse. Cris foi cobrir a São Paulo Fashion Week. Mônica, também. Em meio a milhares de pessoas, centenas de desfiles e eventos paralelos, eu recebi notícias das duas. Cada uma a seu jeito.

Depois de um longo hiato de tempo, descobri que a Mônica, aquela menininha invocada por moda, com quem eu havia trabalhado no início dos anos 90, tinha virado uma jornalista especializada, ganha a vida com isso e assina a coluna ecostyle no blog FFW de um dos criadores da SPFW.

Mônica Horta, Jornalista de moda
Não sei exatamente por que, mas achei que as duas deveriam se conhecer. Eu não tinha certeza de que isso seria possível, mas também não havia nada que impedisse a tentativa. Elas são apaixonadas por moda, tem vidas independentes, trafegam por caminhos inovadores e são figuras encantadoras.

Cris Guerra, Blogueira de Moda
Mandei um e-mail pra uma e pra outra, apresentando-as mutuamente e avisando-as que estavam no mesmo lugar, ao mesmo tempo (a SPFW) e que eu ficava aqui na torcida para que elas se conhecessem.

Hoje recebi um e-mail da Cris. E outro da Mônica. As duas se encontraram, no último dia, na porta do banheiro. Se identificaram, trocaram contatos, falaram da vida, dos filhos, se descobriram com a mesma raiz (as duas são de Minas), tiraram fotos. Cael, filha de Mônica, tem uma tatuagem muito parecida com uma das tatuagens de Cris. A conversa rendeu e até lembraram que, de alguma forma, eu estava no eixo daquele encontro inusitado.


Cris Guerra e Cael Horta
Valeu, Cris. Valeu, Mônica. Mundo pequeno, vida que segue.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Música e poesia sem fronteiras

Por Eliane Oliveira di Quarto*

Era outubro de 2001. Eu e Andrea, meu marido, fomos ao Brasil por 2 meses e nas nossas andanças, levando vida de turista, ouvimos muito Ana Carolina. Mudava a frequência do rádio, entrava num bar, entrava em outro, e lá estava ela com “Quem de nós dois”. Andrea, quando ouviu pela primeira vez, logo disse que era uma música italiana. Quatro anos depois, o acaso juntou Andrea e Gianluca Grignani, o autor da canção italiana, “La mia storia tra le dita”, que traduzindo seria “A minha hitória entre os dedos”. Como não existe tradução fiel, mas tradução possível, penso que o título em português funciona bem com a letra.

Andrea e Grignani viajavam de carro para a Toscana. Missão: recuperar um troféu que foi dado a Grignani alguns anos antes e que ele, por protesto, não compareceu a cerimônia de entrega. Depois de um tempo se arrependeu. Através da revista onde o Andrea trabalha conseguiram localizar com quem estava “quel benedeto premio”. Tinha ido parar nas mãos de uma fã. Ela, só pela felicidade de ver o seu ídolo na porta de casa, aceitou, de bom grado, devolver o troféu. Lá foi o Andrea acompanhar toda a história para uma matéria.

Duarante a viagem, no meio da estrada, Andrea lança a pergunta meio que a queima roupa: “Cosa ne pensi della versione brasiliana della tua canzone?” Grignani é um tipo nervoso, elétrico e de nariz arrebitado. Antes não tivesse perguntado. Enfurecido e sem economizar palavrões, revelou que não viu um centavo dos direitos autorais sobre a sua música, coisa que na Itália seria impensável. Os “elogios” que dispensou a Ana Carolina? Melhor não comentar!



Alguns meses depois, no verão de 2005, eu estava nos correios, na fila com Lorenzo, meu filho, ainda pequeno. Impaciente com aquela coisa de gente grande, que não o interessava minimamente, começou a reclamar. Para mantê-lo calmo, enquanto esperava a nossa vez, tirei da manga o meu truque que sempre funcionava e comecei a cantarolar: “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...”

Lorenzo começou a rir, junto com a moça do guichê. “Ah! Non sapevo che esisteva questa canzone in portoghese”. O que, na verdade, a moça não sabia é que a canção é, originalmente, em português embora a versão italiana seja um amor.



São tantos os encontros e o entrelaçar da cultura brasiliera com a italiana... Costumo dizer que por aqui tem muita gente “doente de Brasil”. Gente que nunca foi ao Brasil ou que foi poucas vezes e sabe a memória de que ano é a música tal, em que CD e por quantos cantores mais foi gravada.

Daquele momento em diante comecei a procurar as versões italianas das músicas brasileiras. Algumas usava como referência nas minhas aulas de português. A mais bonita delas, pra mim, ainda é “Trê Uomini”, a tradução de “Terezinha” de Chico Buarque. É uma versão belisima, da década de 80,que não deixa nada a desejar ao original da canção brasiliera. Colhe a alma da obra de Chico, como só Ornella Vanoni poderia fazer. A música saiu no CD “Roba di Amilcar” com edição limitada. De fato, são poucos os italianos que a conhecem.

Na versão italiana o segundo homem vem de uma osteria, ao invés de um bar, como no texto em português. Osteria, do antigo francês “Oste”, que por sua vez vem do latim “hospite”. A etimologia da denominação conduz à idéia de hospitalidade. Hoje, uma “Osteria” é um lugar onde se vende, principalmente, vinho.

Na canção original o terceiro homem instalou-se feito um posseiro. Conceito dificil de explicar aos italianos que, sobre posseiros, conhecem pouco. Lembro um dia, quando um aluno me perguntou: “posseiro? Come può prendere una terra che non é sua? Non capisco”. Vale dizer que, mesmo quando eles, os italianos, não entendem, amam a música brasileira. Vai ver é porque, quase sempre, amar não requer entendimento.



*Eliane Oliveira di Quarto é uma querida amiga, jornalista, brasileira, radicada há muitos anos em Milão, na Itália. Eliane é casada como Andrea, editor italiano; e mãe de Lorenzo e Sophia (que aparece agarradinha com ela, na foto aí ao lado).

terça-feira, 21 de junho de 2011

O backup de Mariana

Acordo todos os dias bem cedo. Antes das seis da manhã. Hoje foi assim, outra vez. Corrida, jornal na porta, café, banho e o dia a me esperar lá fora.

Olhar o jornal é da minha obrigação. Mas o olhar vai ficando seletivo. Olho principalmente as páginas de política. A local e a nacional. Quando há tempo, dou uma vasculhada no caderno de cultura. E fico por aí.

Hoje, perto do meio dia, recebo uma ligação da Mara perguntando se eu havia visto o Jornal. Sim, respondi. E, automaticamente, já fiquei pensando em qual notícia deixei passar. De fato, deixei passar. Mas não na página de política. Nem na local, nem na nacional. Também não foi na de cultura.

Deixei passar a reportagem que trouxe Mariana, minha filha, como destaque. Uma matéria sobre "backup de telefones celulares". Mariana aparece linda, numa foto de alto de página, com os seus cinco celulares. Nem eu sabia que ela tinha tantos.

Quem primeiro viu a baixinha no jornal foi a minha mãe. Orgulhosa, ligou pra Mara, que ligou pra Mariana e depois mim e... E assim a notícia cumpriu sua trajetória de crescer e multiplicar-se. Quem quiser saber um pouco mais sobre a importância dos backups para celulares, o link com a matéria da edição de hoje, do Correio Braziliense, está logo aí abaixo.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/06/21/interna_tecnologia,257777/backups-se-popularizam-mas-dados-do-celular-ainda-sao-deixados-de-lado.shtml

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Das coisas que o ouvido escuta

As manhãs da TV Senado, alguns anos atrás, tinham muito de especial. Não pela TV em si. Pelas pessoas. Pela equipe. Em especial mesmo, havia uma reunião de pauta, ali pelas nove da manhã, onde a gente dava conta de tudo que rolava no Senado e um pouco mais.

Invariavelmente, as reuniões terminavam com uma profusão de assuntos. Da moda à culinária, do futebol às crises financeiras, sempre passando pela política. Graça, Érica, Luciana, Dinalva, Aloísio, Myrian, Juliana e eu dávamos a partida na reunião. Depois chegava mais gente.

Parte da equipe da reunião de pauta: (a partir da esquerda)
Juliana, Érica, Solange e Dinalva
Lembro de um dia, não sei por quê, alguém começou a falar sobre letras de músicas. E sobre como as pessoas entendiam errado o que os cantores diziam. Um erro cometido nestas circunstâncias adquire valor eterno, como um diamante. Nunca mais aquela frase errada sai da cabeça. Quer um exemplo?

Graça: "Trocando de biquini sem parar".
Muita gente canta, até hoje, um trecho errado da música de Cláudio Zoli, “Noite do Prazer”. A certa altura, ele diz, na letra: “...tocando BB king, sem parar...” E não são poucos os que cantam “... trocando de biquini sem parar...” A Graça, por exemplo. É uma que acreditava que a música era, de fato, assim. E, diz ela, ficava se perguntando onde, diabos, haveria sentido para “trocar de biquíni sem parar?” Isso é coisa de doido – sentenciava. Até que um dia, foi apresentada à música de BB King e descobriu o sentido correto da letra. Já era. O erro ficou, para sempre.

Luciana lembrou que uma amiga dela adorava uma música do Alceu Valença, que até hoje faz muito sucesso. No original, a música se chamava “La Belle de Jour”. Mas a amiga da Luciana sempre se empolgava. E, na hora de cantar o refrão, tascava: “... a velha biju...”, ao invés de “La Belle de Jour”.

Dinalva, que é de Cavalcante, cidade histórica (não turística. A Dinalva odeia os turistas que tiram o sossego do lugar) contou algo mais instigante ainda. Diz a Didi que procissão em Cavalcante é das coisas mais sérias que pode haver. E que ela conheceu uma moça que era católica fervorosa, mas era absolutamente inconseqüente nas rezas. Rezava como o ouvido entendia, sem se importar com o sentido das frases. Ou melhor, atribuindo a elas o sentido que melhor lhe coubesse.

Na hora da “Ave Maria”, a Dinalva se continha pra não morrer de rir. A amiga carola começava, sempre bem alto, pra todo mundo ouvir, como que numa demonstração inquestionável de fé: “Ave Maria, cheia de graça, a senhora é tão moça, bonita é sua voz...” E por aí ia.

Ah, o ouvido! Meu irmão mais novo, o Guga, um dia me ouviu cantando uma música do Zeca Baleiro e levou um susto. A música chamava-se “Telegrama”. E num determinado trecho, ela diz assim: “... Mas hoje, eu recebi um telegrama, era você de Aracaju ou do Alabama...” Meu irmão passou um bom pedaço da vida cantando errado. Pra ele, mesmo sem fazer muito sentido, a frase soava assim: “...era você, era Caju, era Castanha...” Isso, Caju e Castanha, que formam aquela dupla famosa de cantadores de embolada. O sentido é pouco, quase nenhum, mas a frase e impagável.

Hoje, isso tudo me veio à cabeça, porque descobri que eu mesmo fui traído pelo ouvido. A Globo está se preparando para relançar a novela “O Astro”. E está resgatando a música “Bijuterias”, do João Bosco, que tocava na abertura da novela. Provocado pela memória, comecei a cantá-la inteirinha. E Mara duvidou que um trecho falasse sobre “ir urgente ao dentista”. Me olhou com cara de desconfiada. Me provocou.

Fui ao Google. Santo Google. Resgatei a letra e a música e acabei com a dúvida. Ponto para a minha memória. De quebra, descobri meu próprio erro eterno. A última frase da música eu sempre entendi, desde priscas eras, assim: “... transparente feito bijuterias, vacilou perde a alma...”. Aquilo nunca fez muito sentido pra mim. Mas eu também nunca me dignei a gastar tempo em busca do verdadeiro sentido da frase.

Hoje, exatamente agora, acabo de descobrir que todo esse tempo, cantava a frase errada. No original, João Bosco diz “...transparente feito bijuterias da Sloper da alma”. A frase faz sentido para os cariocas. Pra mim, só faz agora. Uma vez mais, graças ao São Google. Se você também não sabia, clique aqui e descubra o sentido da frase que encerra a música de João Bosco.

domingo, 19 de junho de 2011

O tesouro

A primeira vez que ouvi Neil Young, eu estava em Maringá, no Paraná. Tinha 16 para 17 anos. E uma canção em especial me marcou, naquele período: Look out for my love, do LP Comes a time. Neil Young é um músico canadense que tem sua orígem musical marcada pelo country music.

Ele está na lista para ser, aos 65 anos, uma das pricipais atrações do festival SWU, que aconteceu no ano passado em Itu e este ano deve rolar em Marília, interior de São Paulo.

É sob esse clima de chegada que foi lançado o novo disco, com velhas canções de Young. Na verdade, "O tesouro" reúne gravações inéditas e ao vivo (fruto da turnê americana de 1984/1985) de músicas que foram compostas para o disco "Old Ways", de 1985. Metade das doze músicas que compõem o disco nunca foram gravadas. Isso é o que lhe dá um caráter de verdadeiro "tesouro".
Em 79, quando o descobri, Young embalava as tardes da turma do colégio Marista. Dividia espaço com a Bossa Nova, com o Clube de Filosofia e com amores juvenis. Velhos tempos, belos dias. O vídeo que você pode assistir aí embaixo é uma pequena amostra de que o tempo passou, mas Neil Young não envelheceu. Como a nossa memória, segue sendo um legítimo tesouro da juventude.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Porque hoje é sexta

Como diz meu amigo Maurilo Andreas, do Pastelzinho: "Direto na Têmpora", Metállica e Lou Reed, numa interpretação histórica de "Sweet Jane". Um clássico do Velvet Underground. Pra começar o dia. Porque hoje é sexta.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Meia lua inteira

Metade inteira
Metade meia
A lua se disfarça
Num claro/escuro
de dar inveja

a qualquer poeta
a qualquer pintor
a qualquer amante
a qualquer amor

Meia lua inteira
Meia lua cheia

A metade que me completa
E a que me ausenta
se encontram
no céu de Brasília

Nem minha, nem de ninguém.
Lua incompleta
dos meus sonhos
do destino,
de mim mesmo

(poesia de Maranhão Viegas para foto de Pedro Ventura, nessa noite de eclipse lunar)

Michael, outra vez.

O Rei do Pop ataca novamente. Foi uma brincadeira virtual que resultou em um vídeo para a canção “Behind the Mask”.  O vídeo é protagonizado por fãs de Michael Jackson procedentes de 103 países, dirigido por Dennis Liu e foi lançado nessa terça-feira, via Facebook e pelo canal oficial do músico no YouTube.

O  projeto é resultado de uma ideia conjunta entre a Sony Music e a família de Jackson, que incentivaram os fãs do cantor a gravar participações. “Foi o mais divertido e excitante projeto no qual estive envolvido”, disse Liu.

Veja o clipe


Michael Jackson - The Behind The Mask Project por luxurypoeple

terça-feira, 14 de junho de 2011

25 sem Borges

Acabo de descobrir: Está fazendo 25 anos que Jorge Luis Borges se foi. Ele é outro dos meus escritores preferidos. E, por isso, não acho justo deixar a data passar em branco.

Na pressa e sem poder parar agora, recorro a um texto que já publiquei aqui. Um texto que escrevi assim que terminei de ler "Atlas", o livro viagem que ele escreveu com a ajuda de Maria Kodama, sua companheira. Borges já estava cego nessa época. Mesmo assim, decidiu percorrer o mundo e registrar a sua "visão" a partir de outros sentidos.

Por ele, por Maria e pelo tanto que ele significa para a literatura sulamericana, creio que a republicação é o mínimo que posso fazer. Clic no link ai embaixo e boa leitura.

http://maranhaoviegas.blogspot.com/2010/10/os-poetas-podem-ver-no-escuro.html

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Na terra dos santos

por Mariza Poltronieri*

O Carnaval tem seus defensores ardorosos, mas não há festas mais tipicamente brasileiras quanto as festas juninas: de Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24), São Pedro (dia 29). Todos os santos trazidos à Terra de Santa Cruz pelas naus de Portugal.

As primeiras festas, por certo, copiavam as festas tradicionais européias que celebravam neste período o solstício de verão - momento em que o sol atinge sua maior declinação em latitude e o dia se torna o mais longo do ano. No hemisfério Norte, ocorre no dia 21 de junho; e no hemisfério Sul, em 21 de dezembro.

No Nordeste brasileiro, os festejos coincidem com o solstício de inverno e com a época da colheita do milho. Por isso, a maior parte dos quitutes é feita com o grão, a exemplo da canjica, da pamonha, do bolo de fubá ou da simples pipoca.

Claro que acompanham outros ingredientes também populares, que incrementam saborosas receitas, deixando nossas festas com gosto de saudade e com uma carinha regional. Falo do amendoim, do coco, da mandioca, batata-doce, do nosso pinhão e, para esquentar o frio do sul, um quentão de vinho ou de pinga. Delícias que duram um mês inteiro.

Comida, bebida, música, dança, reza e superstição. Não falta nada nesta festa, além de sua presença. Vale roupa de chita com remendo para as moças e calça curta e botina para os moços. Vale também um bom cowboy ou cowgirl. Neste tempo globalizado, todas as culturas são bem vindas, só não vale ter preconceito.

Vamos levantar poeira! Para adoçar a vida, segue aí uma receita de cocada afro-lusitana, mistura mais que perfeita para estas ocasiões:

COCADA DE FORNO

Ingredientes:

• 1 coco fresco descascado e ralado no ralo grosso (300 g)
• 3 xícaras de açúcar cristal
• 1 colher de sopa de manteiga
• 2 ovos inteiros e 2 gemas batidos

Preparo:

• Aqueça o forno em temperatura média. Numa tigela, misture os ovos, o açúcar e a manteiga. Acrescente o coco até que fique homogêneo.
• Transfira a mistura para um refratário e leve ao forno até que fique dourado na superfície, formando uma casquinha.
• Sirva quente ou em temperatura ambiente, sozinha ou acompanhada de uma bola de sorvete de creme.


*Mariza Poltronieri é culinarista em Maringá, PR. E tem espaço garantido aqui, para escrever sempre que quiser, sobre alquimia gastronômica. Ou, sobre o que ela desejar.

Pessoa, vive. Viva, Pessoa!

Se estivesse vivo, o escritor português Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, completaria 123 anos nesta segunda-feira (13/06). Em Portugal, hoje é feriado. É dia de Santo Antônio. É também quando se comemora o dia de Lisboa.

A data é o marco do início das festas populares que, nessa época do ano, enchem as ruas de gente e deixam o ar tomado por um cheiro inconfundível de comida típica da culinária portuguesa.

Nascido em Lisboa, Fernando Pessoa foi criado em Durban, na África do Sul, onde viveu dos 6 anos até os 17. Por lá, aprendeu a língua inglesa. A partir dela traduziu poemas para o português e criou grande parte de sua produção artística. Em 1905, Fernando Pessoa deixou a família em Durban e voltou sozinho ara Portugal. Fernando Pessoa morreu em Lisboa, sua cidade natal, em 30 de novembro de 1935, aos 47 anos, de cirrose hepática. Mas sua obra permanece viva. Mais viva do que nunca.

Dia destes, tive a oportunidade rara de conversar com ele. Foi uma conversa breve e recheada de emoção. Uma conversa definitiva, que transcrevo no texto logo aí abaixo.

Caminhando pelas ruas de Lisboa, cheguei ao Largo do Chiado. Passava um pouco do meio-dia quando cruzei a Rua da Misericórdia, desci até a Rua do Alecrim e parei em frente à Brasileira. Lá, encontrei Fernando Pessoa. Ele me chamou para sentar à mesa. Estava sozinho, como se me esperasse há tempos.
 Falou-me das coisas daqui. Dos seus três “eus” – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. De como resiste ao tempo, vendo o tempo passar numa Lisboa que se mostra modificada.

Mansamente, me disse que já não vê velhos amigos. Lembrou de amores antigos, mas não demonstrou frustração. Falou-me do seu assombro com a pressa das pessoas e das coisas. Lamentou não ter alcançado a destreza dos Ipads, a velocidade da informação, a internet...

Mas no momento seguinte, arrumando o chapéu e sorvendo um gole de ginja, agradeceu ao tempo pela longevidade dos seus versos.Ouvi calado. Quase em prece. Como quem ouve uma divindade. Como quem faz uma oração.

Ele calou-se. O sol, os pombos, o homem do bar, as pedras da ladeira. O tempo a passar. Por trás dos óculos, Pessoa. Antes de sair fiz uma última pergunta: Valeu a pena? Ao que ele, com um breve sorriso no canto da boca, me respondeu: - Tudo vale a pena, se a alma não é pequena!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O jornalismo, pelo lado de dentro

Dustin Hoffman e Robert Redford, em
"Todos os homens do presidente".
O exercício da profissão de jornalista já rendeu grandes filmes. Um dos mais famosos relata a história da renúncia do presidente americano Richard Nixon. Todos os homens do presidente (Alan Pakula, EUA, 1976) trata do escândalo de Watergate, ocorrido em Washington, em 1972, que ganhou as primeiras páginas dos principais jornais do mundo.

O enrendo é simples, como na vida real, e começa com um caso minúsculo na esfera política americana: A invasão do edifício Watergate por cinco aparentes ladrões não mereceria mais do que páginas policiais. Entretanto, com o tempo, o episódio ganhou uma proporção surpreendente.

Mais do que um simples roubo, aquilo era um caso de espionagem política que levou o presidente republicano Richard Nixon, eleito em novembro de 1972 para seu segundo mandato, deixar o cargo. O filme mostra cenas históricas e tem dois jornalistas do Washington Post - Robert Woodward (interpretado por Robert Redford) e Carl Bernstein (personagem de Dustin Hoffman) - vivendo o intenso dia-a-dia do jornal, como protagonistas. 


O filme não é um documentário, mas é uma aula de jornalismo e nos permite ter uma boa idéia de como funcionava uma redação, nos tempos em que internet, Iphones, Ipads e que tais eram ainda coisa de um futuro distante. Era uma época em que o sucesso na profissão de jornalista exigia 90% de trabalho árduo e 10% de inspiração. Os tempos mudaram, a busca da informação correta também. Mas isso é um outra conversa.

O fato é que, dentro de alguns dias, chega às telonas americanas um filme que, de novo, tem tudo para ser uma aula de jornalismo. Desta vez, com todos os ingredientes do mundo moderno. Falo do documentário produzido pelo cineasta Andrew Rossi, que conseguiu a proeza de ter total acesso, durante um ano inteiro, à redação de um dos maiores jornais americanos, "The Ne York Times". O filme ainda não tem estreia programada para o Brasil, mas fica o alerta - o documentário é imperdível para quem gosta de saber o que acontece por trás das notícias.

Sucesso no último Festival de Sundance, o filme acompanha a reação da redação com a aparição dos documentos do Wiki Leaks, o fim das operações americanas de combate no Iraque, o lançamento do iPad, as demissões no próprio jornal motivadas pela crise com a queda na venda em bancas e o trabalho da media desk, o grupo de elite do "Times" que cuida das transformações na redação com o maior investimento na edição on-line.

Quem quiser ter uma prévia, a chance é essa. Basta clicar o Play, aí embaixo, para ver o trailer do filme. E se gostar, é só ficar atento à programação dos cinemas. Não demora, ele está por aqui também.


sábado, 4 de junho de 2011

Manu Chao - Clandestino

Porque hoje é sábado.
E porque sábado é dia de festa.
E porque festa com Manu Chao é sempre uma boa rima.
Nunca uma solução.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A vida, em detalhes


A vida se faz nos detalhes.
O olhar de um, nunca é igual ao de outro.

Hoje, cruzando a rua,
depois de tanto enxergar o dia,
deparei com uma bicicleta.

Não era uma qualquer.
Meus olhos se iluminaram.

Para as flores que havia nela.
Para a vida que pedalava faceira,
mesmo sem ninguém ocupando
o selim.

Havia alma ali.
E o lapso de segundo
em que meus olhos a viram
me fez crer uma vez mais,
a vida vale
pelos detalhes.

Um lençol, uma toalha de mesa

*Por Mariza Poltronieri
Toda família carrega consigo características que as acompanham pela vida. Nossa saída da família primeira, com os pais e irmãos não nos distanciam destas características, pois o que aprendemos lá longe, aqui perto está. Duas coisas dão o tom e o significado do lugar de onde vim: Trabalho e prazer. Muitas vezes nem separados estão.

Cada um dos cinco filhos foi escolhendo o trabalho de acordo com suas paixões, de uma advogada saiu uma designer de interiores, de uma bailarina saiu uma educadora de dança (diferente de um professor), de uma engenheira saiu uma culinarista, de um restauranteur um competidor de longboard, de uma médium uma médica. Independente do que escolhemos tamanha a diversidade, resumo cada uma das profissões mencionadas em arte ou prestação de serviços, ambas precisam de gente e isso é amor.

A engenharia não me deu o amor que precisava, então escolhi as panelas como meu resultado de amor profissional.

Da panela para a mesa.

Todas as vezes que um cliente me pergunta o que é elegante para servir, respondo que não há luxo maior que a alegria, satisfazer o prazer de quem se convida. Não consigo entender um encontro num espaço tão reduzido como numa mesa de jantar, que não seja com quem se gosta. Sentir prazer comendo com estranhos, ou pior, com quem não gostamos é impossível. Comer é prazer, prazer é amor.

Da sala para a cama.

Lembro de uma cena antológica de minha mãe pronta para se deitar. Eu tinha 12 ou 13 anos. Ela veio nos dar boa noite com uma camisola de renda preta, maquiada e perfumada. Perguntei se ia sair e ela disse que não. Qual o propósito da maquiagem então? Resposta simples: “Quando sonhar, quem me olhar no sonho me verá bonita!”. Nem questionei, estava tudo bem. Por anos compramos camisolas para presentear minha mãe (meu pai adorava rasgá-las!). Nas lojas nos mostravam coisas de flanela que não prestariam nem prá bisavó de hoje. Pedíamos as tais camisolas esvoaçantes e entreabertas. Nós não entendíamos a flanela e os vendedores, as rendas. Sexo é prazer, prazer é amor.

Um lençol, uma toalha de mesa.

Ao longo dos anos vamos aprendendo muitas coisas. O paladar é uma soma de informações provocadas por nossa curiosidade em experimentar. Aromas, sabores, cores, texturas são aliados nessa engenhosa formação do prazer. Diferente de nosso instinto, não é mais a fome que nos impulsiona, mas o prazer. Não queremos mais aquilo que é simples e ruim, queremos o simples e absolutamente bom. Repare que se eu alterar paladar por sexo, o texto vale para os dois. Repare também, que é impossível a partilha do prazer se não for com intimidade.

No lençol ou na toalha de mesa, somente com amor.

Neste mês de junho comemoramos o dia dos namorados. Dia propício para inventar com quem temos intimidade e podemos ousar. Há os que negam, mas existe sim, comida afrodisíaca. Quando estamos prontos para o amor, depois daquele monte de beijos e amassos, nossos vasos se dilatam e ficamos absolutamente aquecidos. Há ingredientes muito bons para intensificar essas sensações: canela, gengibre, pimenta e um bom vinho, com cautela, prá não dar sono.

Eu sugiro algo que não dê trabalho para não perder tempo e fazer um charme:

Morangos com açúcar de pimenta:

Ingredientes:

• 01 caixa de morangos lavados e sem tirar as folhinhas prá ficar bonito
• 1 xícara de açúcar cristal
• ½ pimenta dedo de moça sem sementes e picadinha
• ½ colher de sopa de pimenta rosa (não arde e é aromática)
• Palitos de madeira curtos de churrasquinho para espetar os morangos

Preparo:

• Coloque os morangos numa compoteira ou vasilha transparente.
• Coloque os palitos em uma taça ou copo. (se quiser pode forrar meio palito com papel de seda vermelho)
• Coloque o açúcar e as pimentas no liquidificador e bata até que tudo se misture. Despeje a mistura em uma taça com boca larga.
• Para comer, basta espetar os morangos e cobri-los com o açúcar de pimenta.

OBS: A experiência é maravilhosa para comer. Pimenta queima a pele. Nada de surpresas desastrosas. Boa sorte! Ah, ia esquecendo, uma musiquinha: Te devoro, Djavan.

*Mariza Poltronieri é culinarista em Maringá, PR. E tem espaço garantido aqui, para escrever sempre que quiser, sobre alquimia gastronômica. Ou, sobre o que ela desejar.