quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Há 30 anos


Passava um pouco das duas da tarde, naquela terça-feira, 19 de janeiro de 82. Era dia de rematrícula na Unisinos. Eu estava na fila para escolher as disciplinas do curso de jornalismo que faria naquele semestre. De repente, um rádio sintonizado na Ipanema FM, de Porto Alegre, começou a tocar uma sequência de músicas na voz de Elis Regina.

Depois da terceira música seguida, comecei a achar que era mais do que uma escolha do programador. Desconfiei de uma homenagem. Não demorou muito para confirmar. Homenagem póstuma. A morte de Elis acabara de ser anunciada.

Deu um vazio no peito. Surgiu uma dor não sei de onde que tomou conta do corpo todo. Elis era um dos nossos ídolos. E saíra de cena sem mandar aviso. Trinta anos depois, sua voz segue emocionando. E aquela dor no peito insiste em se manifestar, leve, mas constante, todo dia 19 de janeiro.

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