sábado, 22 de dezembro de 2012

Da Janela (2)


Em janeiro deste ano,  cheguei em Garopaba para uma temporada de descanso. Garopaba sempre foi um canto de descansar. Assim que cheguei, escrevi um texto/poema, inspirado na imagem que tinha da janela do quarto. Um cenário que me remetia à Madre Deus, meu berço maranhense.

A poesia original está logo aí abaixo.  


Não, não vejo o mar
Da minha janela
Vejo a luz

Ouço o mar
Sinto o ar salgado
A maresia


Não, meus olhos não
Vêem o mar da minha janela.
Mas não faz mal


O mar, em mim, como a Madre D’eus,
Não é de hoje.
É de útero

Ontem, embarquei em Brasília e desembarquei em Santa Catarina. Para os meus justos dez dias de descanso. 

No início da jornada, já dentro do avião, prestes a deixar o Planalto Central em direção ao litoral, recebo uma  mensagem do "meu maestro soberano", Lula Theodoro. Ele - com quem há tempos não me encontro - andou revisitando o blog e de lá tirou duas  músicas novas. Uma delas, fruto do que escrevi na minha chegada a Garopaba, naquele já distante janeiro. 

Foi um sinal da sintonia que nos une e nos encanta. Lula, sem saber, deu o tom da minha jornada de férias. E eu acabei ganhando um presente de natal.

Agora, dê um play ai e ouça a delícia de música que o Lula aprontou a partir da minha poesia. Mais uma, maestro. Em 2013, esse CD sai do forno. Palavra!

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