quinta-feira, 12 de setembro de 2013

111


Se estivesse vivo, JK estaria completando 111 anos hoje.
Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Imagino aquele senhor velhinho pela idade e altivo pelo orgulho, cruzando a linha do horizonte, fim de tarde, ali onde hoje está plantado o memorial que sustenta o seu nome.

Imagino o por-do-sol tomando emprestado o seu rosto e ocupando o seu olhar.

Imagino o filme da vida dele passando em sua memória, na mesma velocidade dos carros que cruzam as largas vias do Eixão.

E o vento das horas a desalinhar suavemente seus poucos cabelos brancos, livres do chapéu que segura, na mão contrária à da bengala.

Imagino a trilha sonora de uma sinfonia popular, contagiando o fim do dia e saudando a luz de veludo da noite do cerrado, que se avizinha.

Imagino ele a refletir sozinho: Como é que dei conta disto tudo? E se permitindo o esboço de um sorriso leve, de canto de boca. Daqueles que só os visionários podem ter. Daqueles que trazem o sabor da certeza e da ousadia.

Brasília te celebra em sua memória tatuada no horizonte.
Obrigado, fundador. Parabéns, JK.






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