domingo, 1 de dezembro de 2013

Diário do Extremo Norte II

O padre e seus fiéis à porta da igreja. 
Domingo do advento . Foi assim o nosso. Alegria e expectativa. Passando pela porta da igreja vimos o padre abençoando e cumprimentando os fieis ao fim da missa. Caminhando primeiro pela Karl Johans Gate, a rua de pedestres onde estão as mais conhecidas lojas, estava tudo muito calmo, comércio fechado  porque é domingo. Então vamos à feira, sim é dia de feirinha de artesanato. Aqui o cheiro doce da baunilha nas amêndoas, o salame artesanal com carne de alce, as geleias, o chocolate quente,  as roupas de inverno, tudo é inusitado. 

"Bolinhos" patinando.
Delícias de Natal à parte, observei os velhinhos. Ah! como tem deles passeando devagar, bonitinhos dentro de casacos pesados, ditando o seu ritmo nessa rua movimentada. Assim também me encantei com as crianças, vimos uma pista de gelo cheia de pacotinhos (digo, crianças) patinando e se divertindo com Papai Noel. Aqui, assim como em muitos lugares, o domingo é um dia preguiçoso. O sol do meio-dia de Oslo no outono não é forte, mas não desiste de aparecer. 

Porto.
Continuando a nossa caminhada, fomos até o Palácio Real, um prédio imponente ao fim de uma grande praça, com seus soldadinhos de chumbo a guardar as entradas. Visitamos a região de Aker Brygge, local de onde chegam e saem embarcações  e onde além da vista linda para o horizonte encontram-se vários museus, prédios modernos, muitos restaurantes e cafés. Um passeio muito agradável. 

Nobel Palace.
Mas o vento gelado nos empurra de volta pelo calçadão, passamos pelo Noble Peace Center, (local que apresenta os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz e o trabalho que desenvolvem), a Prefeitura de Oslo e Museu da Resistência. No caminho percebemos a presença de muitos imigrantes africanos e do leste europeu. Na maioria das vezes eles estão pelo centro da cidade, nas ruas movimentadas, tocando instrumentos no calçadão em troca de algum dinheiro. Apesar da vida cara aqui, foi surpreendente constatar como há muitos estrangeiros.


Por-do-Sol às tr6es da tarde. 
São mais de três da tarde e o sol já está quase se pondo. De volta para o centro da cidade, a intenção era visitar a National Gallery e a obra de Munch,  mas entramos na Universidade de Oslo, não menos surpreendente e também com obras do artista. 

Música, linguagem universal.
O salão estava preparado para a abertura dos eventos de Natal na cidade e novamente não resistimos à feliz coincidência de estar ali e ter a oportunidade de  assistir à apresentação da Orquestra e Coro da Universidade de Oslo. Simplesmente sublime. Mais uma vez a música sendo idioma universal. 

Marcelo, resgatando o casaco.
Isa devorando o sanduba de Alce.
Na saída passamos pela feirinha para lanchar um autêntico sanduíche de alce (mas estava com gosto de hambúrguer mesmo) e seguir uma procissão de pessoas com tochas pelo centro da cidade, todos caminhando em direção à praça em frente à Universidade, onde o concerto continuaria, desta vez do lado de fora, e a árvore de Natal da cidade seria acesa. Encerramos o domingo, tomando o café bem quente acompanhado de um brownie, pra não perder a chance de guardar saborosas lembranças.

Café com bolo chic. 
Isabel Cristina e Marcelo Domingues estão em viagem de férias, desvendando os mistérios e belezas do extremo norte do planeta. E, entre um passeio e outro, mandam textos e imagens para o blog. 

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