segunda-feira, 12 de maio de 2014

Para sempre, Jair


Eu não tive tempo de escrever nada aqui sobre a ida do Jair Rodrigues. Não foi descuido, não. Acho mesmo que eu não andava com fôlego pra escrever sobre tanta coisa triste que rolou nesses dias. Um dia antes, o Lizoel Costa já tinha ido e eu creio que a dor da despedida precisa mesmo ser dosada.

Agora há pouco, vi uma mensagem do Silvestre Gorgulho falando sobre a reportagem do Fantástico, programa dominical da Rede Globo, que levou ao ar um relato emocionante sobre o último show dele e sobre as coincidências da vida.

Jair e Elis, eternos amigos. 
No show, Jair é o Jair de sempre. Brincalhão, leve, divertido… A uma certa altura do show, ele pega pelas mãos uma Elis Regina imaginária e conversa com ela. Depois, ao despedir-se dela, deseja que ela vá com Deus e diz que quer ficar mais um pouco por aqui. Era o jeito dele, brincando com a vida, sem saber que dois dias depois daquele show partiria também.

Ao final da reportagem, os filhos de Jair, Luciana Melo e Jairzinho falam, emocionados, sobre o pai. E cantam um trecho da canção que Jairzinho fez pra se despedir dele. Uma canção sobre o sorriso. Uma canção verdadeira e intensa, como só poderia ser.

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