quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A morte e a urna

Eduardo Campos 
A morte atravessou o caminho da urna.
O Brasil, os brasileiros e a eleição se vestiram de luto. 
Eduardo Campos morreu.


Eu não o conhecia o suficiente a ponto de tecer loas à sua figura. Mas nutria muitas e boas impressões sobre ele, mesmo o conhecendo como a maioria dos brasileiros - à distância, pela televisão e pelos jornais. 

Eduardo, entretanto carregava naqueles olhos verdes a alma do seu avô, Miguel Arraes (esse, eu conheci melhor), e a paixão pela política.

Eduardo iria longe, era o que tudo indicava. Sua passagem meteórica e sua saída inesperada da cena política brasileira abrem um vazio sem medida. E fazem crescer as incertezas eleitorais. 

Marina assume ou não? Bem, isso é menor diante da tragédia posta. Naquele avião que arremeteu e depois caiu sobre as casas, estavam Eduardo, quatro de seus assessores mais próximos e dois tripulantes da aeronave. Que a nossa solidariedade se estenda também às suas famílias. 

Em especial desejo que Renata, companheira de vida de Eduardo, mãe de seus cinco filhos, tenha coragem para superar a dor. E, por fim, que o Brasil saiba registrar, respeitar e tomar como lição essa tragédia. 

A morte de Eduardo Campos é um freio na louca corrida eleitoral. Um soco no estômago seguido de uma tomada de fôlego, que podem mudar definitivamente os destinos do Brasil. Quem sabe…

Por conta da tragédia de Santos, a política parou. As atividades de campanha foram suspensas. Os debates, adiados. 

Como diria Flávio Cavalcante, aquele célebre apresentador de TV dos anos 70: 

"Os nossos comerciais, por favor!"

Um comentário:

  1. É melancólico. Novos nomes na política são sempre bem vindos. Fortalecem nosso poder de escolha. Que esta perda dramática cause um desconforto para que se repense o jeito de fazer e exercer a política.

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