quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Dia internacional do Papadih

Dia internacional de Papadih (é o que diz a Mariana).
Diz o ditado que elogio em boca própria é vitupério. Longe de ser tentado a isso. Mas hoje, ao ler o texto que a minha Mariana escreveu e publicou, eu chorei como menino. Por vários motivos. O maior deles, por orgulho de vê-la conseguir traduzir o nosso amor de um jeito tão próximo do meu estilo de escrever. 

Então. hoje eu peço licença para publicar essa beleza de texto e de declaração de amor. Obrigado, filha. Eu também te amo.  



Hoje é o dia internacional do meu Papadih.
O homem que eu mais amo no mundo todo, sem dúvida alguma!
O nosso amor é lindo e vai pra além do universo.
E a coisa que eu mais escutei e escuto até hoje é que eu sou a cara dele.
E a nossa relação tem as nossas singularidades:


-Desde que eu era pequena, era o meu pai que acordava cedo e me arrumava pra escola. Ele sempre inventava uma musiquinha de manhã pra me acordar. Às vezes eu já estava acordada, mas fingia que estava dormindo ainda, só para ouvir a musiquinha.

-Eu tomava banho sozinha. Mas saía do chuveiro e parava só de toalha na frente do meu pai, sentado no sofá. Ele me secava e colocava a minha roupa. Não porque eu não conseguiria fazer sozinha, ou por preguiça minha. Não. Aquele era mais um dos nossos rituais de carinho.

-Ele calçava meu tênis também. Eu apoiava o pé no joelho dele. Ele colocava a meia, o tênis, dava um laço no cadarço e batia com as duas mão na lateral, como se dissesse "tá pronto". Até hoje eu faço isso quando termino de amarrar meus tênis. É espontâneo.


-E muitas vezes aos sábados fui acordada por uma música que vinha da sala. Até hoje quando escuto Jokerman do Bob Dylan na voz do Caetano Veloso tenho a sensação gostosa de que é sábado, e o por isso meu pai tá ouvindo música na sala.

-Eu chamo meu pai de Inorbel, que é o nome dele na certidão de nascimento. Mesmo ele tendo assumindo o apelido Maranhão como nome há mais de trinta anos, eu sei que ele gosta de ser chamado assim. E pouquíssimas pessoas sabem disso e/ou o chamam assim.

-E as vezes a gente briga. E briga feio mesmo. Fica de cara um com o outro. E as vezes isso leva um tempo pra passar. Mas passa. Sempre. E sempre acaba com um abraço, e um olhando pro outro dizendo "Cê é besta..."

- E se eu ouvir lá de longe, pelo ritmo do passo, eu sei que é ele que tá chegando.

- E a gente adora dança. Dançar junto, principalmente. E ele é o meu melhor par na pista.

- A gente ri muito quando tá junto. De todo mundo, e principalmente da gente mesmo.


Hoje o seu presente foi um vinho e um livro de poesias de Waly Salomão. Pra irrigar a alma e alimentar o espírito.



Te amo, Papadih. Um brinde à sua existência!

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